"(...)Wired: The League is interesting because of its dependence on that vast canon. Everything from pulp up through every novel that's been written gets hologrammed.
Moore: In the first two volumes we were dealing mainly with characters from literature, because characters from literature were all that were around up until roughly the end of the 19th century. With this one, the first one set in 1910, we're using characters from the stage as well as literature. We're using the whole Threepenny Opera storyline. With the second one, set in 1969, we've got access to all of the films and television that were around then. The third part, set in the present day—2008, 2009—we have characters from all of the new media that have evolved over the past 30 years. It is interesting—it is an expanding cast of characters, and I suppose we're attempting to come up with a kind of unified field theory of culture that actually links up all of these various works, whether they're high culture or low culture or no culture.
Wired: How do you position yourself on the continuum from homage to parody to commentary? If you're engaging with all of these other texts to try to do what they did, to talk about what they did?
Moore: It varies. Like, for example, with the Brecht material we've woven this fairly seamlessly into the existing continuity of The League. Our "Pirate Jenny" is not quite the rather tragic, idle fantasist of Brecht's original. I'll leave it to the readers themselves to see this themselves before I go much further. It's a matter of tying these things in. Sometimes they are lesser-known works that we think should be better known, and we're including them in the hope that people might actually go out and pick up the original books. Sometimes we have characters who are greatly revered that we feel are perhaps too revered, and we would like to give a more accurate picture of them. As an example, there would be the character in The Black Dossier who bears a considerable resemblance to Ian Fleming's James Bond. (...)"
Excerto de uma entrevista de Alan Moore para a Wired Magazine - um pouco sobre a (re)criação de personagens em "The League of Extraordinary Gentlemen" - "A Liga de Cavalheiros Extraordinários", sobre as dificuldades, vias e possibilidades de trabalhar a partir de personagens existentes, conhecidas, de diversos meios.
Sobre escrever: primeiras (de muitas mais) palavras de escritores
"A writer is a person who cares what words mean, what they say, how they say it. Writers know words are their way towards truth and freedom, and so they use them with care, with thought, with fear, with delight. By using words well they strengthen their souls. Story-tellers and poets spend their lives learning that skill and art of using words well. And their words make the souls of their readers stronger, brighter, deeper"
A Few Words to a Young Writer - Ursula K. Le Guin
Despedida (iminente) do trema e surgimento d@ Trëma
Sobre o desaparecimento (iminente) do trema no português do Brasil, por via do Acordo Ortográfico (não o tínhamos no português europeu desde 1945, esta nova despedida prepara-se para 2012, por via do Acordo Ortográfico, ficando restrito às palavras de origem estrangeira e seus derivados), aqui fica um pequeno texto, cheio de humor, que está a circular pela Internet.
Já @ Trëma veio para ficar!
Despedida do TREMA
Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema.Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüiferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüenta anos.
Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. O dois pontos disse que eu sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.
Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C inútil que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K, o W "Kkk" pra cá, "www" pra lá.
Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades.. E não vão agüentar!...
Nos vemos nos livros antigos. Saio da língua, para entrar na história.
Adeus,
Trema
Já @ Trëma veio para ficar!
Despedida do TREMA
Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema.Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüiferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüenta anos.
Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. O dois pontos disse que eu sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.
Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C inútil que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K, o W "Kkk" pra cá, "www" pra lá.
Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades.. E não vão agüentar!...
Nos vemos nos livros antigos. Saio da língua, para entrar na história.
Adeus,
Trema
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