--- Interessantes artigos sobre BD/HQ e cinema que revelam a preocupação dos criadores em ultrapassar o espaço nacional (descrito como pequeno ou difícil ou, até, ingrato) e pensar em grande, no mercado falado em inglês mundial. Mas será que uma questão mais fundamental não estará relacionada com a forma como as culturas lusófonas, tradicionalmente habituadas a tratamentos realistas, percebem o Fantástico, e respectivos temas, como irrelevantes ou mesmo fúteis para abordar as preocupações do presente? Será que o problema não está efectivamente que vampiros, zombies/zumbis, explorações espaciais, cibernética, entre outros, não são discursos que nasceram nestas sociedades mas foram importados (e mal importados) de fora, e que só lá fora se consegue apreciar os nossos produtos culturais do género?
Portugal
Artigos:
- Think with portals: Os meus portais para a ficção científica e para a fantasia
BD/HQ:
- A banda desenhada nunca vai morrer
Cinema:
- Ficção científica made in Portugal
Contos:
- Digital Éden de Gabriel Boz
- Vários
Livros:
- A Colecção Bang! faz 10 anos...
Perfil:
- Ian McDonald
Brasil
BD/HQ:
- Marvel Comics: a história secreta – 10 observações para perder a inocência sobre quadrinhos
Entrevistas:
- Eduardo Spohr
Mundo
BD/HQ:
- Palmas para o esquilo de David Soares e Pedro Serpa
Livros:
- Where Late the Sweet Birds Sang by Kate Wilhelm
Perfil:
- Fritz Leiber
Luís,
ResponderEliminarsabes que na minha opinião, que enunciei e expliquei (demonstrei) no meu artigo «A nostalgia da quimera», para a cultura portuguesa - e, de certa forma, também para as culturas lusófonas - os temas do Fantástico não são irrelevantes nem fúteis. O problema é que, ao longo de (demasiados) anos, várias pessoas adeptas dos «tratamentos realistas» em lugares de destaque e de influência - professores, editores, críticos - os consideraram irrelevantes e fúteis, tendo por isso tentado (e, infelizmente, em muitos casos conseguido) prejudicá-los.